domingo, 28 de novembro de 2010

A verdade está na cara


A verdade Está na cara: Revista superinteressante - Intuição

"A sentença de morte de um casamento não é quando o casal briga muito, nem mesmo quando eles parecem se odiar, mas quando há desprezo recorrente", diz Bloom. Pequenos sinais dessa emoção negativa em conversas, como rápidas viradas de olhos, especialmente se aparecerem com frequência, são marcas tão claras de que a coisa vai mal que a equipe de Gottman já está conseguindo índices de previsão próximos a 90% analisando apenas 3 minutos de conversas em vídeo.

Para Gottman e seus colegas, o fato de que essas pequenas amostragens de conversas são o suficiente para prever o futuro de um casamento sugere que os relacionamentos possuem uma espécie de "pulso" ou "assinatura" constante, que tende a se repetir ao longo do tempo. Portanto, bastaria conseguir captar esse "pulso" de forma mais ou menos instantânea para saber o que vai acontecer no longo prazo. Se alguém recém-separado diz algo como "Intuí na lua de mel que o nosso casamento não daria certo", é que o cérebro dele, ou dela, pescou essas assinaturas sem pensar.

O mesmo fenômeno detectado nos casais está presente em outras formas de percepção ultrarrápida. Se você achou que 3 minutos é pouco tempo para intuir alguma coisa, precisa conhecer um estudo da psicóloga Nalini Ambady, da Universidade Tufts. Ela concluiu que dois segundos é o suficiente para que a sua intuição seja capaz de tomar decisões. E acertar. Nalini mostrou para voluntários uma série de vídeos de dois segundos, cada um com um professor dando aula. O objetivo dos participantes era prever quais mestres seriam bem avaliados pelos próprios alunos e quais não. Note bem: os alunos tinham 6 meses de aula com o sujeito para dar seu parecer. Os voluntários, só dois segundos. E o que aconteceu? Os voluntários previram tudo certinho.

Parece absurdo, mas você ainda não viu nada. Às vezes basta algo tão sutil quanto o movimento de um único músculo do rosto para você criar uma primeira impressão de alguém. E, como a primeira é a que fica, melhor prestar atenção na nossa próxima parte.

Fonte: Superinteressante

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