quarta-feira, 31 de março de 2010

Entenda o paradoxo de EPR


O paradoxo de EPR (por Michel Garcia Antunes)

O experimento EPR, foi uma tentativa de Einstein, Podolsky e Rolsen de acabar com a incompletude do qual acreditavam que existia na teoria quântica. Essa teoria baseava-se na idéia que o momentum, posição e velocidade da partícula já estariam pré-definidos. E ainda, a Idéia básica da física clássica é que a velocidade da luz era no máximo de 300.000.000 m/s e nada poderia ser mais rápido que isso.

Já a resposta dada pelos físicos quânticos, em seu paradoxo de EPR, defendiam que as partículas subatômicas não estariam pré-definidas, sendo impossível determinar todas as suas particularidades (Princípio da Incerteza). Mas a idéia central desse paradoxo é de que partículas em estado de emaranhamento se influenciavam mutuamente e instantaneamente, independente do local onde se encontravam, realizando um processo chamado de Não-localidade quântica.

Para explicar de forma mais simples essa idéia imagine um elétron carregado aqui na Terra e outra, emaranhada, em outro local distante do Universo. Quando medimos (colapso da função de onda) esta partícula aqui da Terra, definindo o seu Spin, instantaneamente a partícula emaranhada sofrerá alteração no seu spin. Assim, afetando uma partícula a outra também será afetada pelo colapso, mudando sua rotação e atingindo o seu momentum angular, ou estado de singlet. Einstein chamava esse efeito de ¨fantasmagórica ação à distância¨.

Mas para que esse efeito aconteça, de forma instantânea, é necessária uma velocidade superior ao da luz, algo que viola a teoria da relatividade defendida por Einstein.

Alan Aspect, junto com sua equipe, constataram esse mesmo efeito, de que as partículas se comunicavam independente da distância que se encontravam. Parece que a partícula sabia o que estava acontecendo com a outra. Ai temos a ideia de que o próprio Universo seja um imenso holograma.

Assim, para a mecânica quântica, a partícula não está definida até ser feita a medição, e antes ela é uma função de onda, ou seja, probabilidade. “ Quando não está se observando ela é uma onda de possibilidades, e quando está se olhando temos uma partícula”, assim dizia o físico indiando Amit Goswami.

¨Sabe-se, experimentalmente, que objetos quânticos, quando relacionados de modo adequado, influenciam-se mutuamente de forma não local, ou seja,sem sinais pelo espaço e sem que decorra um tempo finito.Portanto, Objetos quânticos correlacionados (emaranhados) devem estar interligados em um domínio que transcende o tempo e o espaço. Não localidade implica transcedência. Decorre disso que todas as ondas quânticas de possibilidade situem-se em um domínio que transcende tempo e espaço, ao qual vamos chamar de domínio da potencialidade transcedente, usando uma expressão de Aristóteles, adaptadaor Werner Heisenberg. E não pense que a possibilidade seja menos verdadeira que a realidade, pelo contrário. O que é potencial pode ser mais real do que aquilo que é manifesto, pois a potencialidade exsite em um domínio atemporal, enquanto qualquer realidade é meramente efêmera: ela existe no tempo¨.(Goswami, Amit. A física da Alma. 2005)

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