quinta-feira, 23 de dezembro de 2010


Próximo...

Eu tenho esse livro em pdf, se alguém se interessar mandar um email para: michelgarcia_antunes@hotmail.com, que lhe envio...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O poder sem limites - PNL


Melhor livro que já li...tão bom que estou lendo denovo

Sobre programação neurolinguistica - PNL

¨Há um estado fascinante que trata de alguma coisa chamada de "síndrome do centésimo macaco". Em seu livro Life Tide, publicado em 1979, o biologista Lyall Watson conta o que aconteceu numa tribo de macacos, em uma ilha perto do Japão. Depois que um novo alimento, batatas-doces, cobertas de areia e recentementes desenterradas foi introduzido em seu meio. Uma vez que os outros alimentos não requeriam preparo, os macacos estavam relutantes em comer batatas sujas. Foi então que um macaco resolveu o problema, lavando as batatas em um riacho e ensinando a mãe e os companheiros a fezerem o mesmo. Então, algo aconteceu. Uma vez que certo número de macacos, cerca de cem deles adquiriram esse novo conhecimento, outros que não tinham contato com eles que viviam em outras ilhas, começaram a fazer a mesma coisa. Não havia meio físico pelo qual pudesse ter sido influenciados pelos primeiros macacos. Mas, de alguma forma, o comportamento espalhou-se¨.

¨Agora, esse caso não é único. Há numerosos casos onde indivíduos, sem maneira de entrarem em contato com outros, agem de notável acordo. Um físico tem uma ideia e, simultaneamente, três físicos em outros lugares tem a mesma ideia. Como acontece isso? Ninguém sabe com certeza, mas muitos cientistas proeminentes e pesquisadores do cérebro, tais como o físico David Bohm e o biólogo Rupert Sheldrake, acreditam que há uma consciência coletiva para o qual todos nós podemos ser atraídos, e que quando alinhamos através da crença, através do foco, através da ótima fisiologia, encontramos um caminho para mergulhar nessa consciência coletiva¨

¨Nossos corpos, nossos cérebros e nossos estados são como um diapasão em harmonia com esse nível mais alto da existência. Assim, quando mais afinado estiver, melhor alinhado estará, e mais poderá entrar nesse mundo rico de conhecimento e sensação" (página 193)

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¨Um importante corolário da fisiologia é a congruência.Se estou lhe dando o que penso ser uma mensagem positiva, mas minha voz é fraca e experimental, a linguagem de meu corpo é desarticulada e desfocada, sou incongruente. A incongruência não me deixa ser tudo oq posso ser, de fazer tudo oq posso fazer e de criar meu estado mais forte.

Vc deve ter tido experiências, quando não acreditou numa pessoa, mas não sabia o certo pq. O que a pessoa dizia fazia sentido, mas vc de alguma forma acabava realmente não acreditando nela. Seu inconsciente captou alguma coisa que seu consciente não captou.

Todos temos experiência do preço da incongruência quando parte de nós realmente quer alguma coisa, mas outra parte inteiror parece nos deter. Congruência é força.

Desenvolver congruência é uma das chaves para o poder pessoal. Quando estou comunicando, sou enfático em minhas palavras, minha voz, minha respiração, minha fisiologia toda. Quando meu corpo e minhas palavras combinam, estou dando sinais claros para o meu cérebro que é isso que quero produzir. E minha mente reage de acordo.

Se vc diz para si mesmo: " Bem, sim, acho que é issoé o que eu devia estar fazendo", e sua fisiologia está fraca e indecisa, que tipo de mensagem seu cérebro recebe? Se os sinais que seu corpo envia ao seu cérebro são fracos ou confiltantes, o cérebro não tem um senso claro do que fazer.

Uma maneira de desenvolver congurência é modelar fisiologia de pessoas que são congruentes. A essência é descobrir qual parte do cérebro que uma pessoa efetivamente usa, em uma dada situação. Se vc quiser ser efetivo, quer usar seu cérebro da mesma maneira. Se vc se espelha na mesma fisiologia de alguém com exatidão, atingirá a mesma parte do seu cérebro.

O espelhamento na fisiologia de outras pessoas gera um estado similar e uma sensação similar, base ára a criação de harmonia ¨Não existem pessoas resistentes, mas comunicadores inflexíveis¨

¨A chave do sucesso na vida é representar consistentemente sua experiência, de forma que apóie você para produzir melhores resultados para si e para os outros. Restruturar em sua forma mais simples é mudar a declaração negativa em positiva, trocando a estrutura conceitual usada para entender a experiência¨

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¨Quer você acredite que pode fazer alguma coisa, ou acredite que não pode, você está certo¨. Quando você acredita que possa fazer alguma coisa está mandando mensagens coerentes ao seu sistema nervoso, que dizem que pode fazer alguma coisam ele então avisa o cérebro para produzir o resultado que deseja, e isso abre a possibilidade para que aconteça.

¨Temos uma estratégia para conseguir qq coisa na vida: A sensação de amor, atração, motivação, decisão, qq uma. Se descobrirmos qual é nossa estratégia para o amor, por exemplo, podemos acionar esse estado a vontade. Se descobrirmos que medidas adotamos, e em que ordem, para tomar uma decisão, então se mantivermos inde...cisos, poderemos nos tornar cheio de decisão em questão de momentos¨.

Há estratégias para conservar a saúde, para se sentir feliz, amado durante toda a sua vida. Se encontrar pessoas de sucesso ou derelacionamentos satisfatórios, vc só precisará descobrir sua estratégia e aplicá-la para produzir resultados similares e poupar muito tempo e esforço.

Como eliciar estratégias de alguem?? A chave para eliciar estratégias é saber que as pessoas lhe dirão tudo que vc precisa conhecer sobre suas estratégias. Elas lhe dirão em palavras, como usam seus corpos, elas lhe dirão até com um olhar. Vc pode aprender a ler uma pessoa com tanta perícia como aprende a ler um livro ou um mapa.

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¨No sentido básico, uma crença é qualquer princípio orientador, máximas, fé ou paixão que pode proporcionar significados e direção de vida. Estímulos ilimitados estão disponíveis para nós. São os filtros pré-arranjados e organizados para nossas percepções do mundo. São como comandos do cérebro¨.

Se represantarmos para nós que as coisas não vão funcionar, elas não funcionarão. Se formarmos uma representação que as coisas funcionarão, então criamos os recursos internos que precisamos para conseguir o estado que nos apoiará na produçã...o de resultados positivos.

¨O que precisamos fazer ao copiar pessoas é encontrar as crenças específicas que fazem-nas representar o mundo da forma a permitir que tomem medidas efetivas. Precisamos encontrar com exatidão como representam para si sua experiência no mundo. O que fazem visualmente em suas mentes, o que dizem, o que sentem? Mais uma vez, se conseguirmos as mesmas exatas mensagens em nossos corpos, podemos conseguir resultados semelhantes¨ (Processo de modelagem)

terça-feira, 30 de novembro de 2010


Dilatações(Midríase) e contrações (Miose) da pupila indicam mudanças de humor.

Quando olhamos um rosto humano de perto ficamos atentos a muitos detalhes expressivos – as linhas da testa, a largura dos olhos, a curva dos lábios, a saliência do queixo. Estes elementos combinam para nos apresentar com a expressão facial total que usamos para interpretar o humor do nosso companheiro. Mas todos nós sabemos que não podemos ‘vestir uma cara alegre’ ou deliberadamente adotar uma cara triste se não nos sentirmos felizes ou tristes. Rostos mentem, e às vezes podem mentir tão bem que fica difícil ler as emoções verdadeiras de seus donos. Mas existe pelo menos um sinal facial que não é facilmente ‘vestido’. É um sinal pequeno, um tanto quanto sutil, mas de especial interesse porque fala a verdade. Ele vem das pupilas e tem a ver com os seus tamanhos em relação à quantidade de luz que cai sobre elas.

As pupilas humanas aparecem como dois pontos pretos nos centros das íris coloridas e é do conhecimento comum que estes pontos são aberturas que variam em tamanho conforme a mudança de luz. Sob o sol forte elas se reduzem ao tamanho da cabeça de um alfinete – aproximadamente 2 mm de largura – e na medida em que cai o entardecer, elas aumentam para aproximadamente quatro vezes o diâmetro sob sol forte. Mas não é apenas a luz que afeta as pupilas. Elas também são afetadas por mudanças emocionais. E é em função das mudanças emocionais poderem notadamente alterar o tamanho das pupilas quando a luz permanece constante que a mudança no tamanho da pupila opera como um sinal do humor. Quando vemos algo que nos excita, seja com antecipação prazerosa ou com temor, nossas pupilas se expandem mais do que o usual dentro das condições de iluminação existentes. Estas mudanças normalmente ocorrem sem o nosso conhecimento e, uma vez que se encontram fora do nosso controle, elas formam um guia valioso para os nossos sentimentos verdadeiros.

Mas os sinais das pupilas não são apenas emitidos inconscientemente, como também são recebidos inconscientemente. Dois companheiros sentirão excitação emocional adicional se suas pupilas estiverem dilatando, ou morosidade emocional adicional se suas pupilas estiverem contraindo, mas eles não farão uma relação entre estes sentimentos com os sinais de pupila que estão transmitindo. É uma troca ‘secreta’ de sinais operando abaixo do nível de comportamentos simulados e de expressões adotadas

Muita pesquisa tem sido feita nos últimos quinze anos para tentar descobrir como estes sinais das pupilas funcionam. O teste básico de laboratório tem sido de mostrar às pessoas fotografias emocionalmente estimulantes e, ao mesmo tempo, registrar mudanças em suas pupilas com o uso de aparelhos sensíveis. Toma-se muito cuidado para garantir que não haja mudanças na intensidade da luz que cai sobre os olhos do sujeito, a fim de que os experimentadores possam ter certeza de que quaisquer dilatações ou contrações na pupila sejam devidas unicamente ao impacto visual das fotografias mostradas.

Uma das primeiras experiências envolvia mostrar fotografias de bebês humanos a homens e mulheres solteiras, casais que ainda não tinham filhos e casais que já os tinham. As mulheres demonstravam dilatação forte nas pupilas, independente de serem solteiras, casadas, sem filhos ou mães. Os homens, em contraste, demonstravam contração se fossem solteiros ou casados e sem filhos, mas demonstravam dilatação forte se já fossem pais. Em outras palavras, o macho humano sem filhos que bajula o bebê recém nascido de outra pessoa está, provavelmente, sendo meramente educado, mas a fêmea é sincera. É apenas a partir do momento em que tem o seu próprio bebê que o macho começa a responder com simpatia verdadeira aos filhos de outras pessoas.

Em outra experiência, pediu-se aos sujeitos que mencionassem as suas preferências em termos de pratos, sendo que em seguida lhes foram mostradas fotografias dos pratos em questão, enquanto as reações de suas pupilas eram monitoradas. A maioria das pessoas neste teste revelou uma combinação perfeita entre o alegado e a resposta das pupilas. Quanto mais falavam que preferiam dado prato, mais suas pupilas se expandiam ao verem a fotografia do prato. Mas alguns indivíduos mostraram uma combinação pobre, o que surpreendeu considerando-se a natureza inócua da experiência. Quem mentiria sobre preferências alimentares? A resposta veio quando mais perguntas foram colocadas – quase todos os participantes estavam sendo submetidos a regimes rigorosos, mas secretamente (em alguns casos, secretamente até para eles mesmos) ainda sentiam muita vontade de comer alimentos agora proibidos. Suas preferências racionais não eram compatíveis com suas preferências não racionais.

Uma inconsistência similar foi exposta quando uma série de fotografias de mulheres diferentes foi mostrada para sujeitos participando de uma experiência. Entre elas, fotografias de mulheres muito atraentes e a pintura da mãe de Whistler. Desnecessário dizer que a senhora idosa foi altamente cotada quando opiniões verbais eram pedidas aos sujeitos, mas seus índices ruíam dramaticamente nas cotações quando as dilatações e contrações das pupilas eram analisadas.

Por mais intrigantes que estas experiências possam ser, elas nos dizem apenas aquilo que pode ser descoberto no laboratório, com o uso de aparelhos para mensurar a mudança de tamanho nas pupilas. Antes que possamos, de forma justificada, chamar a estas reações da pupila de Sinais da Pupila, devemos provar que elas são realmente detectadas pelas pessoas nos contatos sociais comuns do dia-a-dia, usando nada além dos seus próprios olhos, e que estas mudanças emocionais da pupila estão realmente sendo utilizadas como uma ferramenta de comunicação social. Uma maneira simples de demonstrar isto é mostrando para uma audiência grande, dois pôsteres de uma jovem atraente, idênticos em todos os aspectos, exceto que em um dos pôsteres a jovem está com as pupilas normais, e no outro ela tem as suas pupilas artificialmente dilatadas com um efeito de pintura. Como esta única diferença, e com a audiência sem saber o que foi feito, é solicitado aos homens que escolham qual das jovens eles gostam mais.

Apenas alguns braços se levantaram para a jovem ‘A’, mas quando foram solicitados os votos para a jovem ‘B’ (com as pupilas retocadas), uma quantidade enorme de mãos se levantou. Normalmente a audiência dá risadas quando isto acontece, porque eles ainda não sabem por que quase todos os homens estão escolhendo a mesma jovem. Eles sabem que se trata de um truque, mas não sabem do que se trata. A resposta dos homens foi em relação à jovem que foi ‘evidentemente’ estimulada por suas presenças, porque ela estava dilatando as pupilas para eles. Ela estava excitada pelo que ela viu, expandiu suas pupilas, tornando-se, consequentemente, mais atraente.

Este é um dos motivos pelos quais casais apaixonados passam tanto tempo se olhando nos olhos. Eles estão inconscientemente checando a dilatação nas pupilas um do outro. Quanto mais a pupila dela expande com excitação emocional, mais a dele expande também e vice versa.

Uma experiência testou as reações nas pupilas de ‘Don Juans’ confessos – homens que gostavam de conquistar uma jovem sexualmente e depois passar para outra, nunca formando um relacionamento longo e duradouro com qualquer jovem. Estes machos, quando testados, não mostraram a dilatação nas pupilas normal quando viam fotografias de jovens atraentes. Eles mostravam maior resposta a jovens com pupilas contraídas. Em outras palavras, eles preferiam jovens sem envolvimento sentimental a jovens com envolvimento sentimental. Demonstravam cautela em relação a jovens que poderiam vir a ser pegajosas e, portanto, complicar o seu estilo de vida de ‘Don Juan’.

Como em todos os exemplos mencionadas os sujeitos das experiências estavam inconscientes quanto àquilo que estava acontecendo, fosse em relação às suas próprias pupilas ou às de seus companheiros, e é provável que estejamos lidando com o mesmo tipo de resposta inata da espécie humana. Esta idéia é reforçada por testes executados com pontos de olhos, ao invés de olhos verdadeiros. Um círculo com um ponto interno pode ser desenhado numa folha de papel e mostrado para uma pessoa cujas reações estejam sendo registradas. Um círculo único com um ponto, ou um trio – isto é, três círculos, cada um com um ponto interno, comprovam ser sinais menos efetivos do que um par de olhos. Além disso, com o par de olhos-ponto, o sujeito responde mais quando os pontos dentro dos círculos são ampliados, mas não ocorre este tipo de resposta quando dilatações similares ocorrem no ponto único ou no trio. Aparentemente, um par de círculos com pontos dentro deles tem algum significado especial para o homem animal, fazendo-o reagir de uma maneira que ele não pode controlar, não pode aprender nem desaprender, e lhe é inconsciente quando acontece. Não é de se surpreender, portanto, que bebês humanos tenham pupilas maiores que os adultos, pois os bebês não precisam reunir todo o apelo possível para garantir que estimulem as respostas de amor e carinho mais fortes possíveis de seus pais. Qualquer sinal inato que possam emitir que os torne inevitavelmente mais amados obviamente aumentará as suas chances de sobrevivência – e o aumento nas pupilas parece ser exatamente o sinal.
Finalmente, vale registrar que apesar do fato de pesquisas sérias sobre os Sinais das Pupilas só terem sido executadas nas ultimas duas décadas, o sinal foi manipulado conscientemente em tempos mais remotos. Há centenas de anos, os cortesãos da Itália utilizavam uma droga feita com uma planta chamada Sombra Noturna Mortífera que era pingada em seus olhos fazendo com que suas pupilas dilatassem. Diziam que isto os tornava mais belos, portanto a droga era chamada de ‘Belladonna’, que literalmente significa ‘bela mulher’. Um exemplo posterior vem com os comerciantes de jade da China pré-revolucionária, que usavam óculos escuros propositadamente para esconder suas pupilas dilatadas pela excitação quando lhes era entregue uma mostra especialmente valiosa de jade. Antes que este procedimento fosse adotado, as dilatações eram conscientemente monitoradas pelos vendedores de jade, como sinais de interesse e de preços potencialmente altos. Mas estes são exemplos isolados, e a maior parte do mundo continuou em seus negócios, dilatando e respondendo a dilatações, sem qualquer técnica deliberada.

Fonte: Desmond - Moris Manwatching

domingo, 28 de novembro de 2010

A verdade está na cara


A verdade Está na cara: Revista superinteressante - Intuição

"A sentença de morte de um casamento não é quando o casal briga muito, nem mesmo quando eles parecem se odiar, mas quando há desprezo recorrente", diz Bloom. Pequenos sinais dessa emoção negativa em conversas, como rápidas viradas de olhos, especialmente se aparecerem com frequência, são marcas tão claras de que a coisa vai mal que a equipe de Gottman já está conseguindo índices de previsão próximos a 90% analisando apenas 3 minutos de conversas em vídeo.

Para Gottman e seus colegas, o fato de que essas pequenas amostragens de conversas são o suficiente para prever o futuro de um casamento sugere que os relacionamentos possuem uma espécie de "pulso" ou "assinatura" constante, que tende a se repetir ao longo do tempo. Portanto, bastaria conseguir captar esse "pulso" de forma mais ou menos instantânea para saber o que vai acontecer no longo prazo. Se alguém recém-separado diz algo como "Intuí na lua de mel que o nosso casamento não daria certo", é que o cérebro dele, ou dela, pescou essas assinaturas sem pensar.

O mesmo fenômeno detectado nos casais está presente em outras formas de percepção ultrarrápida. Se você achou que 3 minutos é pouco tempo para intuir alguma coisa, precisa conhecer um estudo da psicóloga Nalini Ambady, da Universidade Tufts. Ela concluiu que dois segundos é o suficiente para que a sua intuição seja capaz de tomar decisões. E acertar. Nalini mostrou para voluntários uma série de vídeos de dois segundos, cada um com um professor dando aula. O objetivo dos participantes era prever quais mestres seriam bem avaliados pelos próprios alunos e quais não. Note bem: os alunos tinham 6 meses de aula com o sujeito para dar seu parecer. Os voluntários, só dois segundos. E o que aconteceu? Os voluntários previram tudo certinho.

Parece absurdo, mas você ainda não viu nada. Às vezes basta algo tão sutil quanto o movimento de um único músculo do rosto para você criar uma primeira impressão de alguém. E, como a primeira é a que fica, melhor prestar atenção na nossa próxima parte.

Fonte: Superinteressante

segunda-feira, 22 de novembro de 2010


Para teletransportar um fóton sem violar o princípio Incerteza de Heisenberg, os físicos da Caltech utilizaram um fenômeno conhecido como entrelaçamento. No entrelaçamento, pelo menos três fótons são necessários para realizar o teletransporte quântico.

•Fóton A: o fóton a ser teletransportado
•Fóton B: o fóton de transporte
•Fóton C: o fóton entrelaçado com o fóton B

Se os pesquisadores tentassem olhar o fóton A de perto sem o entrelaçamento, eles poderiam provocar uma colisão e, conseqüentemente, modificá-lo. Ao entrelaçar os fótons B e C, os pesquisadores podem extrair informação sobre o fóton A. O restante da informação seria transferida para o fóton B por meio do entrelaçamento e depois para o fóton C. Quando os pesquisadores aplicam a informação do fóton A no fóton C, eles podem criar uma réplica exata do fóton A, porém, este fóton deixa de existir da maneira como existia antes da informação ser enviada para o fóton C.

Fonte: Howstuffworks

domingo, 21 de novembro de 2010

A consciência não-local



CONSCIÊNCIA COMO FENÔMENO NÃO-LOCAL

Um experimento realizado pelo neurofisiologista mexicano Jacobo Grinberg-Zylberbaum e colaboradores indica claramente que a noção de não localidade quântica pode ser estendida à consciência. O trabalho foi realizado no Instituto Nacional para el Estudio de la Concienci. Foi Wolf quem primeiro postulou a noção de não localidade para a consciência.

O experimento de Grinberg-Zylberbaum poderia ser replicado do modo descrito a seguir.

Dois sujeitos A e B que tenham história de telepatia espontânea e interação emocional, seriam instruidos a interagir durante um período de 30 a 40 minutos, até começarem a perceber a existência de uma "comunicação" entre eles, quando seriam envolvidos por uma blindagem de Faraday (espaço fechado e metálico que bloqueia os sinais eletromagnéticos). A e B seriam mantidos em compartimentos separados, sem possibilidade de comunicação sensorial entre ambos. Sem que nenhum deles soubesse, seria mostrado um sinal luminoso piscante a um deles. A escolha sobre a quem seria mostrado o sinal piscante, seria aleatória. Ao ser acendido o sinal luminoso em A ou B, isto provocará um potencial evocado no cérebro que recebeu o sinal luminoso piscante. O potencial evocado é uma resposta eletroencefalográfica produzida por estímulos sensoriais, capaz de ser medida pelo traçado eletroencefalográfico (EEG). Enquanto A e B mantivessem a "comunicação telepática", o cérebro não estimulado deverá registrar também um traçado EEG denominado potencial de transferência, algo que se assemelharia bastante à forma e à força do potencial evocado do cérebro estimulado.O aparecimento dos potenciais, evocado e de transferência, em A e em B, respectivamente, deverão ser observados de forma simultânea. O experimento de Gringerg-Zylberbaum que ocorreu do modo aqui descrito, seria uma evidência da não-localidade da consciência, uma vez que os cérebros-mentes de A e B seriam um sistema interligado não-localmente.

domingo, 7 de novembro de 2010

Werner Heisenberg


O princípio da Incerteza - Δp.Δx ≥h/4π

Δp: Incerteza da da posição
Δx: Incerteza do momento
h: constante de Plank (6,6 x 10-27 erg. seg)

Um dos pilares da mecânica Quântica afirma a impossibilidade de se determinar simultaneamente a posição e a velocidade de uma partícula com precisão, contrariando a afirmação da física relativista. Se vc define a velocidade da partícula a sua posição estará indefinida. Assim, para a mecânica quântica tudo é uma questão de probabilidade.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Experiência da Fenda Dupla - dualidade onda-partícula


Adoro essa experiência
Bizarro mundo quântico

¨Em um sistema quântico, você nunca pode ter certeza do resultado de um experimento. O máximo que podemos fazer é calcular as probabilidades de obtermos um ou outro resultado. Hoje em dia conseguimos facilmente lançar elétrons de um em um, com a freqüência que desejarmos. Quando um único elétron se depara com os dois orifícios - contanto que ninguém olhe pra ele - padrões de interferência insistem em se formar na tela do experimento. O elétron parece passar pelos dois orifícios ao mesmo tempo, e ainda ao emergir do outro lado dos orifícios, ele interfere consigo mesmo! Formando assim o padrão observado¨.

¨Algo mais estranho ainda acontece quando alguém resolve bisbilhotar e tenta descobrir por qual das fendas o elétron passa: o elétron resolve esconder o jogo e simplesmente deixa de se comportar como uma onda e volta a ser a partícula que Sr. Isaac Newton imaginara. Os detectores de elétrons que você instalou detectam que a metade deles passou por um dos orifícios e a outra metade pelo outro e o padrão de interferência desaparece. De alguma forma, o ato de observar, com qualquer instrumento de medição, interfere no sistema e ele passa a agir diferente¨.]

Elementar meu caro Watson

domingo, 17 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O que é um paradoxo?


O que é um paradoxo??

Por Arião Sayão Romita - trecho da aula de pós-graduação em direito e processo do trabalho - LFG

O vocábulo paradoxo provém do grego paradóksos, composto de para( contra)= dóksos (opinião, julgamento, crença), isto é, opinião contrária à comum.

Em linguistica, a figura em que uma afirmação aparentemente contrária é, no entanto, verdadeira.

Em fisolofia, afirmação que contraria sistemas ou pressupostos que se impuseram como incontestáveis ao pensamento em geral, à opinião concebida ou à crença compartilhadam pela maioria.

Em lógica, dupla implicação entre uma preposição e sua negação, que caracteriza uma contratição insolúvel.

Paradoxo semântico é o que, de modo não explícito, confude os conceitos e suas referências. Entre os paradoxos semânticos, encontra-se o paradoxo do mentiroso, consistente na declaração rigorosamente verdadeira e falsa ao mesmo tempo, segundo o qual: eu minto.

Ao afirmar que minto, formulo ao mesmo tempo uma proposição verdadeira e falsa. Se a proposição é verdadeira, digo a verdade, logo, não minto. Se é falsa, o racioncínio se inverte.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O gato de Schrodinger



Quando falamos sobre o "gato de Schrödinger" estamos nos referindo a um paradoxo que aparece a partir de um célebre experimento imaginário proposto por Erwin Schrödinger em 1937, para ilustrar as diferenças entre interação e medida no campo da mecânica quântica.
O experimento mental consiste em imaginar um gato aprisionado dentro de uma caixa que contém um curioso e perigoso dispositivo. Esse dispositivo se constitui de uma ampola de frágil vidro (que contém um veneno muito volátil) e um martelo suspenso sobre essa ampola de forma que, ao cair, essa se rompe, liberando o gás venenoso com o qual o gato morrerá. O martelo esta conectado a um mecanismo detetor de partículas alfa, que funciona assim: se nesse sensor chegar uma partícula alfa que seja, ele é ativado, o martelo é liberado, a ampola se parte, o gás escapa e o gato morre; pelo contrário, se nenhuma partícula chegar, nada ocorrerá e o gato continuará vivo.

Quando todo o dispositivo estiver preparado, iniciamos o experimento. Ao lado do detetor colocamos um átomo radioativo que apresente a seguinte característica: ele tem 50% de probabilidade de emitir uma partícula alfa a cada hora. Evidentemente, ao cabo de uma hora só terá ocorrido um dos dois casos possíveis: o átomo emitiu uma partícula alfa ou não a emitiu (a probabilidade que ocorra um ou outro evento é a mesma). Como resultado da interação, no interior da caixa o gato estará vivo ou estará morto. Porém, isso não poderemos saber --- a menos que se abra a caixa para comprovar as hipóteses.

Se tentarmos descrever o que ocorreu no interior da caixa, servindo-nos das leis da mecânica quântica, chegaremos a uma conclusão muito estranha. O gato viria descrito por uma função de onda extremamente complexa resultado da superposição de dois estados, combinando 50% de "gato vivo" e 50% de "gato morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato estaria por sua vez 'vivo' e 'morto'; correspondente a dois estados indistinguíveis!

A única forma de averiguar o que 'realmente' aconteceu com o gato será realizar uma medida: abrir a caixa e olhar dentro. Em alguns casos encontraremos o gato vivo e em outros um gato morto.
Por que isso?
Ao realizar a medida, o observador interage com o sistema e o altera, rompendo a superposição dos dois estados, com o que o sistema decanta em um dos dois estados possíveis.

O senso comum nos predispõe que o gato não pode estar vivo e morto. Mas a mecânica quântica afirma que, se ninguém olhar o interior da caixa, o gato se encontrará numa superposição dos dois estados possíveis: vivo e morto.

Essa superposição de estados é uma conseqüência da natureza ondulatória da matéria, e sua aplicação à descrição mecânico-quântica dos sistemas físicos é que permite explicar o comportamento das partículas elementares e dos átomos. A aplicação disso aos sistemas macroscópicos como o gato ou, inclusive, se assim o preferir, a qualquer professor de física quântica, nos levaria ao paradoxo proposto por Schrödinger.

Curiosamente, alguns livros de física, para colaborar com a 'lei dos direitos dos animais', substitui nesse dispositivo experimental (hipotético) a ampola com veneno por uma garrafa de leite que ao romper-se, permite ao gato alimentar-se. Os dois estados possíveis agora são: "gato bem alimentado" ou "gato esfomeado". O que, também, tem sua parcela de crueldade.

Comentário
Quando se recorre á imagem do "gato de Schrödinger" já sabemos que estamos nos referindo a um dos aspectos mais singulares e misteriosos da mecânica quântica, a saber, que tais fenômenos quânticos necessitam, para ocorrer, da consciência de um observador. Explico melhor: quando se produz o colapso da função de onda de uma partícula --- que, segundo os 'entendidos' possui consistência ondulatória e corpuscular indistintamente --- esta pode resultar com um dado sinal (para seu 'spin') (+) ou outro (-), porém, enquanto alguém, um observador, não constatar, esse resultado não existe.

Não é que o resultado seja positivo ou negativo (todavia, desconhecido), não, é mais estranho ainda: o novo estado da partícula em questão (e suas possíveis conseqüências) não existe de nenhuma maneira até que seja verificado pela observação. Ainda não entenderam? Certo, junte-me a essa lista.
Richard Feymann, premio Nobel de Física, já dizia: "quem não ficar pasmado com a física quântica é porque não a compreendeu". Pasmem!

Como ninguém entendeu nada, vale salientar que esse experimento mental tem outra versão: no exterior da caixa há uma partícula cuja função de onda entra em colapso; se o resultado do colapso resultar uma partícula com spin positivo o sensor acusa e o gato morre, se resultar com spin negativo o sensor nada acusa e o gato vive. Até que se observe o interior da caixa, o gato estará vivo e morto.

A imagem desse "gato", na física quântica, pelo menos tem uma vantagem, a de evitar repetir tediosas explicações como o princípio da incerteza, a simultaneidade do caráter ondulatório e corpuscular das partículas e outros detalhes técnicos desse peculiar campo da física

Prof.Luiz Ferraz Neto

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sincronicidade - Por Acid


Termo cunhado por Carl Gustav Jung para sua teoria de que tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, que fazia certos eventos isolados parecerem repetidos, em perspectivas diferentes.

Em termos simples, sincronicidade é a experiência de ocorrerem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.A sincronicidade é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos.

Os fenômenos sincronícos manifestam-se com muito maior freqüência quando a psique está funcionando num nível menos consciente (estado de ondas alfa), como em sonhos, meditações ou devaneios. Assim que a pessoa se aperceba do evento sincroníco e se concentre nele, o perde, pois a idéia de tempo e espaço volta a reinar na consciência. Jung sublinha que a sincronicidade parece depender consideravelmente da presença de afetividade, ou seja, sensibilidade a estímulos emocionais.

grande sacada de Jung foi colocar a sincronicidade como algo abrangente do TODO, e não de um mero evento. Ele pergunta: Como pode um acontecimento remoto no espaço e no tempo produzir uma correspondente imagem psíquica, quando a transmissão de energia necessária para isso não é sequer concebível? Por mais incompreensível que isso possa parecer, somos compelidos, em última instância, a admitir a existência no inconsciente de algo como um conhecimento ‘a priori’ ou uma relação imediata de eventos que carecem de qualquer base causal.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Amit Goswami - Phd em física nuclear


Qual é o papel do observador?

Na Física Quântica, por sete décadas, tentou-se negar o observador. De alguma forma, achava-se que a Física deveria ser objetiva. Se dessem um papel ao observador, a Física não seria mais objetiva. A famosa disputa entre Böhr e Einstein, a que se refere essa disputa, basicamente qual é o papel do observador?, sempre terminava com Bohr ganhando a discussão, mostrando que não há fenômeno no mundo a menos que ele seja registrado. Bohr não usou a consciência.. mas atualmente, vem crescendo o consenso, muito lentamente, de que a Física Quântica não está completa, a menos que concordemos que nenhum fenômeno é um fenômeno, a menos que seja registrado por um observador, na consciência de um observador. E isso se tornou a base da nova ciência.

Na Física Quântica há um movimento contínuo. A Física Quântica prevê isso. Não há dúvida que a Matemática Quântica é muito capaz, muito competente, e ela prevê o desenvolvimento de ondas de possibilidades, a matéria é retratada como ondas de possibilidades. O modo como elas se espalham é totalmente previsto pela Física Quântica. Mas agora temos probabilidades de possibilidades. Nenhum evento real é previsto pela Física Quântica. Para conectar a Física Quântica a observações reais, embora não vejamos possibilidades e probabilidades, na verdade vemos realidades. Esse é o problema das medições quânticas. E luta-se com esse problema há décadas, como eu já disse, mas nenhuma solução materialista, uma solução mantida dentro da primazia da matéria foi bem sucedida. Por outro lado, se considerarmos que é a consciência que escolhe entre as possibilidades, teremos uma resposta, mas a resposta não é matemática. Teremos de sair da matemática. Não existe Matemática Quântica para este evento de mudança de possibilidades em eventos reais, que os físicos chamam de ‘colapso da onda de possibilidade em realidade’. É essa descontinuidade do colapso que nos obriga a buscar uma resposta fora da Física. O que é interessante é que se postularmos que a consciência, o observador, causa o colapso da onda de possibilidades, escolhendo a realidade que está ocorrendo, podemos fazer a pergunta: qual é a natureza da consciência? E encontraremos uma resposta surpreendente. Essa consciência que escolhe e causa o colapso da onda de possibilidades não é a consciência individual do observador. Em vez disso, é uma consciência cósmica. O observador não causa o colapso em um estado de consciência normal, mas em um estado de consciência anormal, no qual ele é parte da consciência cósmica.

Sou um grande seguidor de Jung. Acho que Jung foi dos precursores da integração que está ocorrendo agora. Nos meus primeiros textos, eu citava muito a afirmação de Jung de que, um dia, a Física Nuclear e a Psicologia se unirão. E acho que Jung ficaria satisfeito com esta conversa e, em geral, com a integração da Física e da Psicologia transpessoal que vemos hoje. Isto posto, acredito no conceito de arquétipo de Jung, e acho que o modo como Jung o apresentou, e Platão o apresentou, de que são aspectos eternos da consciência, contextos eternos da consciência... a consciência tem um corpo contextual no qual os arquétipos são definidos e, então, eles governam o movimento do nosso pensamento. Acho que é um conceito muito poderoso. Mas, ao mesmo tempo, na Física Quântica, existe a idéia de que todos os corpos de consciência, tudo o que pertence à consciência, inconsciência, são possibilidades. E por causa disso, por tudo ser possibilidade, surge a questão: alguém pode ir além de arquétipos fixos e considerar arquétipos evolucionistas? Não se pode descartar o que Rupert tenta dizer. Houve uma idéia semelhante, de Brian Josephson, um físico que publicou um trabalho na Physical Review Letters, revista de grande prestígio, dizendo que as leis da Física podem estar evoluindo. Da mesma forma, outras pessoas, cientistas muito sérios, sugeriram que, talvez, forças gravitacionais mudem com o tempo. Essa idéia de arquétipos fixos é uma idéia muito importante. Eu a apóio totalmente. Mas também vejo que na Física Quântica há espaço para a evolução dos arquétipos. Não devemos descartar totalmente idéias que dizem que arquétipos evoluíram. Ainda seremos capazes de determinar isso experimentalmente.

Há evidência empírica? Acontece que os dois aspectos fundamentais da nova física, a consciência causa o colapso da possibilidade em realidade, e o segundo, que essa consciência é uma consciência cósmica, os dois aspectos foram confirmados por dados empíricos. Antes, darei os dados para o segundo, porque é o mais simples para o espectador. O primeiro é um pouco difícil. Talvez possamos incluir os dois. O primeiro experimento é muito importante porque já foi aplicado. Em 1993 e 1994, o neurofisiologista mexicano Jacobo Greenberg Silberman, ele e seus colaboradores fizeram um experimento, no qual havia dois observadores meditando por 20 minutos, com o propósito de terem comunicação direta. Comunicação direta no estilo de não-localidade. Sinais não-locais ocorrendo entre eles, e ainda assim eles teriam comunicação. Certo, eles meditaram juntos. Pediu-se que mantivessem o estado meditativo durante o resto do experimento. Mas então, um deles é levado para outro recinto. Eles ficam em câmaras de Faraday, onde não é possível a comunicação eletromagnética. Os cérebros deles são monitorados. Uma das pessoas vê uma série de ‘flashes’ brilhantes, o cérebro dele responde com atividade elétrica, obtém-se o potencial de resposta muito claro, picos muito claros, fases muito claras. O cérebro da outra pessoa mostra atividade, a partir da qual obtém-se um potencial de transferência que é muito semelhante em força e 70% idêntico em fases ao potencial de resposta da primeira pessoa.

O mais interessante é que, se voce pegar duas outras pessoas, duas pessoas que não meditaram juntas, ou pessoas que não tinham a intenção de se comunicar, para elas, não há potencial de transferência. Mas para pessoas que meditam juntas, invariavelmente, muitas vezes, um em cada quatro casos, obtemos o fenômeno de potencial de transferência. E Peter Fenwick, na Inglaterra, há dois anos, confirmou isso, repetindo o experimento. Assim, temos evidência empírica. Se tivéssemos tempo, e voce tivesse paciência, eu poderia lhe dar inúmeros dados. Outro dado que é muito interessante: considere o caso de geradores de números aleatórios. Eles são realmente aparelhos quânticos, pois eles pegam eventos radiativos, que são aleatórios, e os convertem em seqüências de números, seqüências de zeros e uns. Em uma longa cadeia, deve haver número igual de zeros e uns. É o que se espera da sequência aleatória. Helmut Schmidt, um físico que pesquisa parapsicologia, tenta há quase 20 anos, fazer com que médiuns influenciem os geradores de números aleatórios para gerarem sequências não-aleatórias, mais zeros que uns. E ao longo dos anos ele conseguiu boas evidências de que, até certo ponto, os médiuns conseguem fazer isso. Um resultado com um grande desvio. Isso ainda não tem nada a ver com Física Quântica, mas recentemente, em um trabalho publicado em 1993, Schmidt retratou uma modificação revolucionária desses dados. O que ele fez, recentemente, é que o gerador de números aleatórios, os dados do gerador de números, a sequência, é armazenada num computador, ela é impressa, mas ninguém olha. Os dados impressos são fechados num envelope e enviados para um observador independente. Três meses depois, o observador, sem abrir o envelope, escolhe o que quer ver, mais zeros ou mais uns. Tudo segue um critério. Então ele liga para o pesquisador, o pesquisador diz ao médium para olhar os dados, e pede a ele para mudar os resultados, influenciá-los, se puder. E o médium tenta produzir mais zeros, se esse for o desejo do observador.

E então, o observador abre o envelope e verifica se o médium conseguiu. E a incrível conclusão é (é um resultado sério, não é fácil contestá-lo) que o médium, em 4 de cada 5 tentativas, consegue mudar os números aleatórios gerados pelo aparelho, mesmo após três meses. Este mito de que o pensamento causa o colapso de si mesmo, que o colapso é objetivo, sem que o observador consciente as veja, é apenas um mito. Nada acontece, tudo é uma possibilidade até que o observador consciente veja. Numa experiência controlada, as pessoas intervieram. As pessoas viram, sem contar a ninguém, viram os dados, a impressão. Nesses casos, o médium não influenciou os dados. Está claro que a consciência exerce um efeito, exatamente como Bohr suspeitava, como Newman suspeitava. Agora estamos fazendo teorias mais completas e experimentos mais completos baseados nessas teorias. Henry Stab colaborou com todas essas idéias que apresentei, consciência causando o colapso de funções quânticas em eventos reais. Ele participou do experimento com Schmidt. Então, estamos vendo uma mudança revolucionária na Física, não menos revolucionária do que a acontecida com Copérnico. Claro que haverá reações, como a que apresentou, e temos de ser muito pacientes, calmos, e trabalharmos juntos para superar essas tendências contrárias. Mas temos a certeza de que existe algo que todos devemos olhar. Isso é revolucionário, é novo e pode mudar, como já discutimos, as dificuldades com valores que a sociedade vem enfrentando. Não vamos nos preocupar em como pode ser, mas vamos olhar os dados, olhar a teoria e perguntar: pode ser? Se pode, que oportunidade fantástica temos para integrar todos esses movimentos díspares de consciência que nos separaram por tanto tempo.

Entrevista dada pelo físico indiano phd em física nuclear Amit Goswami para o programa Roda Viva.

quinta-feira, 22 de abril de 2010


Em Física basta dizer-se a palavra "luz" para que todos entoem «nada se move mais depressa do que a luz» - o que é de facto verdade. Mas a luz tem outra propriedade espantosa: propaga-se a uma e uma só velocidade, que é uma das constantes da natureza. Esta ideia foi consagrada por Einstein na sua teoria da relatividade restrita e é um dos pilares da física moderna. Mas se não for correcta? Em Mais Rápido que a Luz, o físico João Magueijo propõe uma especulação extraordinária: que a velocidade da luz tenha sido maior no universo primordial.

João Magueijo e seus colaboradores interrogavam-se se seria a inflação a verdadeira solução para os enigmas do Big Bang. E numa tentativa de enriquecer o debate, avançaram outra alternativa à cosmologia inflacionária: em vez de alterar o conteúdo material do Universo, optaram por admitir uma velocidade da luz muito mais elevada no Universo primitivo, seguida de uma desaceleração para o seu valor actual. Com isto, conseguiram desenvolver um novo cenário onde grande parte dos referidos enigmas era resolvida. Porém esta alteração, a princípio admitida como uma simples hipótese de trabalho, não é aceite pela comunidade científica por entrar em conflito com a física actual, pois colide com um dos Postulados da Teoria da Relatividade Restrita de Einstein, o postulado da invariância da velocidade da luz no vácuo, c. Desde então, c é considerada como uma das constantes universais da física. Assim, a hipótese de JM e seus colaboradores vem chocar com um dos princípios sacrossantos da física moderna. É claro que JM te m perfeita consciência desta dificuldade, e por isso mesmo tem procurado ultimamente construir um quadro fisicamente razoável para de senvolver as teorias da velocidade da luz variável, que tem repercussões praticamente em toda a física actual. Daí a grande importância das investigações deste físico português a trabalhar no Reino Unido. Só o futuro dirá se estas teorias serão levadas a bom porto, apesar das naturais reticências levantadas por muitos físicos. Por mim, defendo que todos temos a ganhar com o enriquecimento de um debate que vai com certeza proporcionar uma melhor fundamentação das teorias físicas. Mas será que esta via tornará mais viável uma teoria quântica da gravitação? Ou será antes o caso que estes dois belos edifícios construídos no século XX permanecerão definitivamente separados, como alguns sugerem?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Entropia - Segunda lei da termodinâmica


A extensão do estado de desordem em que esta energia se encontra é medida por uma quantidade conhecida por entropia. Quanto maior é o estado de desorganização, tanto maior é a entropia, quanto menos extensa for a desorganização, menor é a entropia.

De acordo com essa lei da termodinâmica, num sistema fechado, a entropia nunca diminui. Isso significa que, se o sistema está inicialmente num estado de baixa entropia (organizado), tenderá espontaneamente a um estado de entropia máxima (desordem).

Originalmente, "entropia" (troca interior) surgiu como uma palavra cunhada do grego de em (en - em, sobre, perto de...) e sqopg (tropêe - mudança, o voltar-se, alternativa, troca, evolução...).

O Universo começou com uma entropia baixa e, de acordo com a segunda lei da termodinâmica, essa entropia foi aumentando (desordem) desde então .

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Trechos do livro - A física da alma - Amit Goswami

A palavra quantum significa ¨uma quantidade discreta¨.Por exemplo, um quantum de luz, chamado de fóton, é uma quanmtidade discreta e indivisível de energia, um feixe de energia localizada.

O que significa dizer que a matéria tem natureza de onda e,por isso, pode estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. Se isso parece paradoxal, o paradoxo se resolve quando se percebe que as ondas da matéria são ondas de possibilidades (função de onda);elas estão em dois lugares (ou mais) ao mesmo tempo apenas em possibilidade, apenas como superposição da duas (ou mais)possibilidades.

Objetos quânticos existem como superposição de possibilidade até que nossa observação cause a realidade da potencialidade, gerando um evento real e localizado dentre diversos eventos possíveis. Se uma possibilidade em particular tem uma grande chance de se tornar real, graças a observação, então a onda de possibilidade também é forte; quando a onda é fraca, é pequena a probabilidade de que sua possibilidade correspondente se torne real.

Um exemplo ajuda a esclarecer a questão. Suponha que liberamos um elétron dentro de um recinto. Em instantes, a onda de elétron se espalha pelo lugar. Agora, suponha que montamos uma rede de detectores de elétrons, chamados cotadores Geiger, nesse recinto.Será que todos os contadores acusam alguma coisa? Não. Só um dos contadores detecta o evento. Conclusão? Antes da observação, o elétron efetivamente se espalhou pelo cômodo, mas apenas como uma ond de possibilidade. E a observação fez com que a onda se tornasse real.

Pág. 143/144: Quanto maior o fardo sobre nossa memória e sua repetição, mais nossa liberdade de escolha fica comprometida. Se um estímulo foi encontrado, é grande a possibilidade de que respondamos da mesma maneira que respondemos antes. Isso, obviamente, é uma propriedade bem conhecida da memória; a evocação aumenta a possibilidade de novas evocações. A tendência vem das probabilidade dessas possibilidades quânticas que vivenciamos no passado. Isso se chama condicionamento (crifo meu)

Glossário

Complementaridade: característica de objetos quânticos possuindo opostos, como natureza de onda e natureza de partícula, dos quais podemos ver apenas em um arranjo experimental Os aspectos complementares de um objeto quântico referem-se a ondas transcendentais e partículas amanentes.

Consciência: a base de toda a existência, que se manifesta como sujeito que escolhe e experimenta o que escolhe, ao pôr em colapso a função de onda quântica no cérebro, em uma célula viva ou em outros conglomerados celulares.

Correlação não-local: relação de fase, que persiste, mesmo a distância entre dois objetos quânticos que interagiram durante um períodoe depois pararam de interagir(aparentemente)

Domínio Transcedental: pertencente a um reino de realidade que se localiza paradoxalmente tanto dentro quanto fora do espaço-tempo físico.

Função de onda: função matemática que representa a amplitude de onda das ondas de possibilidades quânticas; obtida como solução da equação de Schrodinger.

Lei da conservação de energia: A energia do universo material permanece constante.

Localidade: idéia de que todas as interações ou comunicações entre objetos se dá mediante campos ou sinais que se propagam pelo espaço-tempo, obedecendo ao limite da velocidade da luz.

Materialista: é o realista materil, uma pessoa que afirma que a matéria é a base de toda a existência.

Não-localidade: influência ou comunicação instatânea sem qualquer troca de sinais através do espaço-tempo; uma unidade indivisa, uma inseparalidade que transcende o espaço-tempo.

Onda de possibilidade: estado quântico multifacetado com relações de fase entre duas diferentes facetas (ou possibilidades). Por exemplo, um elétron que passa por uma dupla ranhura torna-se uma onda de dois estado possíveis, um estado correspondente à sua pasagem pela ranhura um, e outro estado correspondendo à sua passagem pelaranhura dois.

Padrão de interferência: o padrão de reforço de uma pertubação de onda em alguns lugares e que não interagem, nas quais as coisas acontecem em paralelo. Em outras palavras, para cada estadodo cérebro, háum estado mental correspondente.

Realidade: tudo o que existe, inclusiv o que é local e não local, imanente e trascedente; em contraste, o universo do espaço-tempo se refere ao aspecto local e imanente da realidade.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

Entenda o paradoxo de EPR


O paradoxo de EPR (por Michel Garcia Antunes)

O experimento EPR, foi uma tentativa de Einstein, Podolsky e Rolsen de acabar com a incompletude do qual acreditavam que existia na teoria quântica. Essa teoria baseava-se na idéia que o momentum, posição e velocidade da partícula já estariam pré-definidos. E ainda, a Idéia básica da física clássica é que a velocidade da luz era no máximo de 300.000.000 m/s e nada poderia ser mais rápido que isso.

Já a resposta dada pelos físicos quânticos, em seu paradoxo de EPR, defendiam que as partículas subatômicas não estariam pré-definidas, sendo impossível determinar todas as suas particularidades (Princípio da Incerteza). Mas a idéia central desse paradoxo é de que partículas em estado de emaranhamento se influenciavam mutuamente e instantaneamente, independente do local onde se encontravam, realizando um processo chamado de Não-localidade quântica.

Para explicar de forma mais simples essa idéia imagine um elétron carregado aqui na Terra e outra, emaranhada, em outro local distante do Universo. Quando medimos (colapso da função de onda) esta partícula aqui da Terra, definindo o seu Spin, instantaneamente a partícula emaranhada sofrerá alteração no seu spin. Assim, afetando uma partícula a outra também será afetada pelo colapso, mudando sua rotação e atingindo o seu momentum angular, ou estado de singlet. Einstein chamava esse efeito de ¨fantasmagórica ação à distância¨.

Mas para que esse efeito aconteça, de forma instantânea, é necessária uma velocidade superior ao da luz, algo que viola a teoria da relatividade defendida por Einstein.

Alan Aspect, junto com sua equipe, constataram esse mesmo efeito, de que as partículas se comunicavam independente da distância que se encontravam. Parece que a partícula sabia o que estava acontecendo com a outra. Ai temos a ideia de que o próprio Universo seja um imenso holograma.

Assim, para a mecânica quântica, a partícula não está definida até ser feita a medição, e antes ela é uma função de onda, ou seja, probabilidade. “ Quando não está se observando ela é uma onda de possibilidades, e quando está se olhando temos uma partícula”, assim dizia o físico indiando Amit Goswami.

¨Sabe-se, experimentalmente, que objetos quânticos, quando relacionados de modo adequado, influenciam-se mutuamente de forma não local, ou seja,sem sinais pelo espaço e sem que decorra um tempo finito.Portanto, Objetos quânticos correlacionados (emaranhados) devem estar interligados em um domínio que transcende o tempo e o espaço. Não localidade implica transcedência. Decorre disso que todas as ondas quânticas de possibilidade situem-se em um domínio que transcende tempo e espaço, ao qual vamos chamar de domínio da potencialidade transcedente, usando uma expressão de Aristóteles, adaptadaor Werner Heisenberg. E não pense que a possibilidade seja menos verdadeira que a realidade, pelo contrário. O que é potencial pode ser mais real do que aquilo que é manifesto, pois a potencialidade exsite em um domínio atemporal, enquanto qualquer realidade é meramente efêmera: ela existe no tempo¨.(Goswami, Amit. A física da Alma. 2005)

Werner Heisenberg ilustra seu Princípio da Incerteza apontando para baixo com a mão direita para indicar a localização de um elétron e apontando para cima com a outra mão para suas ondas, para indicar sua energia. Num determinado instante, quanto mais estamos certos sobre o momentum de um quantum, menos certeza temos de sua exata localização.

Neils Bohr acena com dois dedos para enfatizar a dualidade, natureza complementar da realidade. O quantum não observado é ao mesmo tempo uma onda e uma partícula, mas um determinado experimento pode mostrar apenas uma forma ou outra. Bohr argumenta que as teorias sobre o universo devem incluir um fator que contabilize os efeitos do observador sobre determinada medição do quanta. Bohr e Heisenberg argumentam que predições na Mecânica Quântica são limitadas para descrições estatísticas do comportamento do grupo. Isso levou Einstein a declarar que não podia acreditar que Deus joga dados com o universo.

Albert Einstein aponta um dedo para cima, para indicar sua crença de que o universo pode ser descrito com uma equação de campo unificado. Einstein descobriu a relatividade do tempo e relação matemática entre energia e matéria. Ele dedicou o resto de sua vida tentando formular uma teoria do campo unificado. Ainda que considerasse que devemos agora usar probabilidades para descrever eventos quânticos, Einstein expressou a esperança de que os cientistas do futuro encontrarão uma ordem oculta para a Mecânica Quântica.

Richard Feynman toca bongô, com diagramas de Feynman de partículas virtuais subindo como notas musicais. Ele inventou Quantum-Elétron-Dinâmica, o mais prático sistema para resolver problemas em Mecânica Quântica. Feynman renormalizou os infinitos que impediam as soluções exatas das equações quânticas.

O gato de Schodinger está piscando e roçando em Bohr. A mulher azul vergada sobre a Terra é Nut, a deusa egípcia do céu. Ela acaba de jogar dados atrás das costas de Einstein. Nut está dando a luz a chuvas de partículas elementares, que caem como cascatas sobre as borboletas do caos.
Traduzido do site de David B. Martinez
http://members.aol.com/elchato/

terça-feira, 30 de março de 2010

Large Hadron Colider - LHC


A cerca de 100 metros de profundidade, sob a fronteira entre a França e a Suíça, existe uma máquina circular que pode nos revelar os segredos do universo. Ou, de acordo com algumas pessoas, poderia destruir toda a vida na Terra. De uma maneira ou de outra, trata-se da maior máquina do mundo e examinará as mais ínfimas partículas do universo. Estamos falando do Grande Colisor de Hádrons ou LHC (Large Hadron Collider).

LHC é parte de um projeto conduzido pela Organização Européia de Pesquisa Nuclear, também conhecida como CERN (em inglês). O LHC é mais um componente do complexo de aceleradores do CERN nas cercanias de Genebra, Suíça. Assim que for acionado, o LHC produzirá feixes de prótons e íons em velocidades que se aproximam da velocidade da luz. Ele fará com que os feixes colidam uns com os outros e em seguida registrará os eventos resultantes dessa colisão. Os cientistas esperam que esses eventos possam nos dizer mais sobre como o universo começou e o que o compõe.

O LHC é o mais ambicioso e o mais poderoso acelerador de partículas construído até hoje. Milhares de cientistas de dezenas de países estão trabalhando juntos - e competindo uns com os outros - para realizar novas descobertas. Seis locais ao longo da circunferência do LHC recolhem os dados das diferentes experiências. Algumas dessas experiências se sobrepõem e os cientistas estarão tentando ser os primeiros a descobrir novas e importantes informações.


O propósito do grande colisor de hádrons é ampliar o conhecimento humano sobre o universo. Embora as futuras descobertas dos cientistas possam conduzir a aplicações práticas, não é essa a razão para que centenas de cientistas e engenheiros estejam construindo o LHC. Essa máquina foi construída para ampliar o nosso conhecimento. Considerando os custos de bilhões de dólares e a necessária cooperação de numerosos países para criá-la, a ausência conspícua de uma aplicação prática pode ser surpreendente.

O resultado
No dia 30 de março de 2010, os cientistas do Cern anunciaram que conseguiram chocar prótons geradores de uma energia recorde de 7 teravolts - o máximo de energia que os pesquisadores pretendiam no LHC. Ao promover colisões velozes e fortes entre prótons, o LHC faz com que eles se rompam em subpartículas atômicas menores. Essas minúsculas subpartículas são muito instáveis e só existem por frações de segundos antes de decair ou se recombinar a outras subpartículas.

Segundo o Cern, cada colisão entre as partículas permite que os pesquisadores vinculados ao projeto (são milhares espalhados pelo mundo e interligados por uma rede em grade) "rastreiem e analisem o que aconteceu um nanossegundo depois do hipotéticos Big Bang original". De acordo com a teoria do Big Bang, toda a matéria do Universo em seus primeiros momentos consistia nessas minúsculas subpartículas. À medida que o Universo se expandia e se resfriava, elas se combinaram para formar partículas maiores, tais como prótons e nêutrons.

A análise dos dados obtidos no choque de prótons de 7 teravolts deve levar anos. Os cientistas vão se concentrar na procura pelo bóson de Higgs, a subpartícula que, no Big Bang, teria permitido que escombros gasosos se transformassem em massa e formassem galáxias e planetas como a Terra.

O que o LHC está procurando?
Em uma tentativa de compreender o nosso universo, incluindo a maneira como ele funciona e sua estrutura efetiva, os cientistas propuseram uma teoria conhecida como Modelo Padrão. Essa teoria tenta definir e explicar as partículas fundamentais que tornam o universo aquilo que ele é. Ela combina elementos da Teoria da Relatividade de Einstein e da Teoria Quântica. Também lida com três das quatro forças básicas do universo: a interação nuclear forte, a interação nuclear fraca e a força eletromagnética. A teoria não trata dos efeitos da gravidade, a quarta força fundamental.

O Modelo Padrão faz diversas previsões sobre o universo, muitas das quais parecem ser verdadeiras, de acordo com diversos experimentos. Mas há outros aspectos do modelo que continuam não comprovados. Um deles é uma partícula teórica conhecida como bóson de Higgs.

O bóson de Higgs é uma partícula que poderia responder a diversas questões sobre massa. Por que a matéria tem massa? Os cientistas identificaram partículas que não têm massa, como os neutrinos. Por que um tipo de partícula teria massa e outra não? Os cientistas propuseram diversas idéias para a existência de massa. A mais simples delas é o mecanismo de Higgs. Essa teoria diz que pode haver uma partícula e uma força de mediação correspondente, que explicariam porque algumas partículas têm massa. A partícula teórica jamais foi observada e pode nem mesmo existir. Alguns cientistas esperam que os eventos criados pelo LHC também revelem indícios quanto à existência do bóson de Higgs. Outros esperam que os eventos ofereçam indícios de novas informações que ainda não foram consideradas.

Outra questão que os cientistas discutem sobre a matéria se refere às condições iniciais do universo. Nos primeiros momentos do universo, matéria e energia estavam acopladas. Logo depois que matéria e energia se separaram, partículas de matéria e de antimatéria aniquilaram umas às outras. Se houvesse quantidade igual de matéria e antimatéria, as duas espécies de partículas teriam se cancelado mutuamente. Mas felizmente, para nós, havia um pouco mais de matéria do que de antimatéria no universo. Os cientistas esperam que seja possível observar a antimatéria durante eventos do LHC. Isso poderia nos ajudar a compreender por que existia essa minúscula diferença quando o universo começou.

A matéria negra (mais conhecida como matéria escura) também pode desempenhar papel importante nas pesquisas do LHC. Nossa atual compreensão do universo sugere que a matéria que somos capazes de observar corresponde a cerca de 4% do total de matéria que existe. Quando observamos o movimento de galáxias e de outros corpos celestiais, vemos que sua trajetória sugere que existe muito mais matéria no universo do que podemos detectar. Os cientistas chamam essa matéria não detectável de matéria negra. Juntas, a matéria visível e a matéria negra podem responder por cerca de 25% do universo. O restante viria de uma força chamada de energia negra (ou energia escura), uma energia hipotética que contribui para a expansão do universo. Os cientistas esperam que suas experiências ofereçam novas evidência da existência da matéria negra e da energia negra ou indícios que sustentem uma teoria alternativa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

O Universo holográfico


Em 1982 ocorreu um fato muito importante. Na Universidade de Paris uma equipe de pesquisa liderada pelo físico Alain Aspect realizou o que pode se tornar o mais importante experimento do século 20. Você não ouviu falar sobre isto nas notícias da noite. De fato, a menos que você tenha o hábito de ler jornais e revistas científicos, você provavelmente nunca ouviu falar no nome de Aspect.

Aspect e sua equipe descobriram que sob certas circunstâncias partículas subatômicas como os elétrons são capazes de instantaneamente se comunicar umas com as outras a despeito da distância que as separe. Não importa se está distância é de 10 pés ou de 10 bilhões de milhas. De alguma forma uma partícula sempre sabe o que a outra está fazendo. O problema com esta descoberta é que isto viola a por muita tempo sustentada afirmação de Einstein que nenhuma comunicação pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. E como viajar mais rápido que a velocidade da luz é o objetivo máximo para quebrar a barreira do tempo, este fato estonteante tem feito com que muitos físicos tentem vir com maneiras elaboradas para descartar os achados de Aspect .

O físico da Universidade de Londres, David Bohm, por exemplo, acredita que as descobertas de Aspect implicam na realidade objetiva não existe, que a despeito da aparente solidez o universo está no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente detalhado. Para entender porque Bohm faz esta afirmativa surpreendente, temos primeiro que saber um pouco sobre hologramas. Um holograma é uma fotografia tridimensional feita com a ajuda de um laser.


Para fazer um holograma, o objeto a ser fotografado é primeiro banhado com a luz de um raio laser. Então um segundo raio laser é colocado fora da luz refletida do primeiro e o padrão resultante de interferência (a área aonde se combinam estes dois raios laser) é capturada no filme. Quando o filme é revelado, parece um rodamoinho de luzes e linhas escuras. Mas logo que este filme é iluminado por um terceiro raio laser, aparece a imagem tridimensional do objeto original.


A tridimensionalidade destas imagens não é a única característica importante dos hologramas. Se o holograma de uma rosa é cortado na metade e então iluminado por um laser, em cada metade ainda será encontrada uma imagem da rosa inteira. E mesmo que seja novamente dividida cada parte do filme sempre apresentará uma menor, mas ainda intacta versão da imagem original. Diferente das fotografias normais, cada parte de um holograma contém toda a informação possuída pelo todo.


A natureza de "todo em cada parte " de um holograma nos proporciona uma maneira inteiramente nova de entender organização e ordem. Este "insight" é o sugerido por Bohm como outra forma de compreender os aspectos da descoberta de Aspect. Bohm
acredita que a razão que habilita as sub partículas a permanecerem em contacto umas com as outras a despeito da distância que as separa não é porque elas estejam enviando algum tipo de sinal misteriosos, mas porque esta separação é uma ilusão.

Segundo Bohm, a aparente ligação mais-rápido-do que - a luz entre as partículas subatômicas está nos dizendo realmente que existe um nível de realidade mais profundo da qual não estamos privados, uma dimensão mais complexa além da nossa própria que é análoga ao aquário. E ele acrescenta, vemos objetos como estas partículas subatômicas como se estivessem separadas umas das outras porque estamos vendo apenas uma porção da realidade delas.


Estas partículas não são partes separadas mas sim facetas de uma unidade mais profunda e mais subliminar que é holográfica e indivisível como a rosa previamente mencionada. E como tudo na realidade física está compreendido dentro destes "eidolons", o próprio universo é uma projeção, um holograma.


Em adição a esta natureza fantástica, este universo possuiria outras características surpreendentes. Se a aparente separação das partículas subatômicas é uma ilusão, isto significa que em nível mais profundo de realidade todas as coisas do universo estão infinitamente interconectadas.

Tradução do original:
Reality - the Holographic Universe - 03/16/97.




Os campos mórficos


Em seu livro Lifetide, o biólogo britânico Lyall Watson fala de uma tribo de macacos, em uma ilha perto do Japão, que pesquisadores interessados em estudar seu comportamento alimentar supriam com um estoque de batatas-doces. Mas as batatas que os macacos recebiam eram recém colhidas e vinham sujas de terra, de modo que os animais relutavam em comê-las. Até que um dia, uma jovem macaca molhou sua batata-doce no mar antes de comer e constatou que a batata-doce limpa era bem mais apetitosa. No dia seguinte, ela voltou a molhar sua batata no mar; e continuou fazendo o mesmo nos dias seguintes. Um a um, os macacos começaram a imitar a atitude dela e também passaram a lavar suas batatas-doces sujas no mar. Pouco a pouco o hábito foi se espalhando de macaco a macaco até que tornou-se subitamente universal.



¨E não apenas isso; o hábito parecia ter cruzado as barreiras naturais e surgido espontâneamente em colônias de macacos de outras ilhas e até mesmo num bando de macacos no continente, em Takasakiyama¨(Lyall Watson)



Rupert Sheldrake, fisiologista britânico propõe que os sistemas são regulados não apenas pelas leis conhecidas da ciência física, mas também por campos organizadores invisíveis que le denominou de ¨campos mórficos¨. Sua teoria postula que, se um membro de uma espécie biológicamente aprender um novo comportamento, o campo morfogenético da espécie se modificará, ainda que ligeiramente. E se o comportamento se repetir por tempo suficiente, haverá um acúmulo de ¨ressonância mórfica¨ que começará a afetar a e´spécie inteira.



(pág. 225/226)

domingo, 28 de março de 2010

Gaia


¨Quando tivermos uma fotografia da Terra, tirada de fora da Terra...uma nova idéia mais poderosa que qualquer outra na história será desencadeada¨(Fre Hoyle - 1948)

O Universo holográfico

Outra descoberta da física moderna sugere que nós talvez estejamos enganados em conceber as partículas atômicas como entidades separadas e distintas. Em um nível mais fundamental, parece haver apenas padrões energéticos que geram uma aparência de partículas separadas. Esta proposição traz consigo a implicação revolucionária de que todos nós estamos intrisicamente entrelaçados no tecido constitutivo do Universo; ou seja, em alguns aspectos, somos interligados, ainda que em outros possamos parecer fisicamente separados.

David Bohm introduziu a noção de ordem implicada ou implícita (implicate order) sendo ela um nível de ordem não-perceptível pelos sentidos ou por qualquer aparelhagem física. No plano da ordem implícita, cada parte do Universo contém o Universo inteiro dobrado em si mesmo. Para entender este aspecto é feita uma analogia com a técnica fotográfica da holografia.

Cada ponto de uma fotografia normal é uma parte específica da imagem final. Para a imagem ser vista corretamente, todos os pontos precisam estar na posição correta. Em um holograma, por outro lado, cada ponto da chapa fotográfica registra dados à imagem inteira. Cada parte da imagem fica codificada em todas as partes da chapa. Como em qualquer região da chapa fotográfica contém informações sobre a imagem toda, cada parte é capaz de reproduzir a imagem em sua totalidade.

Livro: O despertar da Terra - o cérebro global - Peter Russell